segunda-feira, 1 de maio de 2017

Recensão crítica

Os Maias no teatro
            Esta peça que apesar de obviamente não ter atores para todas as personagens e ter sempre as limitações do teatro na forma de contar uma história foi bem realizada e, na minha opinião, fez jus ao nome do livro que estava a ser representado.
            As personagens foram, em geral, bem concebidas, como o exemplo de Ega e Dâmaso. No caso de Dâmaso, acho que foi a primeira vez que o simples facto desta personagem estar em cena não me fez querer passar à frente. Por outro lado, Ega, apesar de ser muito bem representado, acho que a personagem é fácil, pois a mesma é bastante cativante na obra.
            Falando do outro lado, Maria Eduarda foi, a meu ver, a pior personagem, para além de ser muito silenciosa, a atriz mostrava muita pouca emoção e expressões nas suas falas… parecia débil…
            A música presente neste teatro era variada e bem aplicada, desde Clair de lune para momentos mais melancólicos ou trágicos, até à sonata patética que é referida no sarau da Trindade.
            Na falta de uma personagem, os dois atores principais olhavam para o público e mostravam-se como se estivessem a falar com alguém, apesar de não ser o mais fidedigno ao livro, esta interactividade teve a sua graça e deu um toque especial à representação.
            Por último, queria salientar a incrível capacidade de improvisação da equipa. Esta habilidade foi mais notável, quando na peça o ator que encarnava Dâmaso deixou cair uma caneta e, conjuntamente com Ega disfarçou com comicidade esse facto.
            Para concluir, quero dizer que gostei da peça e acho que vale todos os cêntimos do bilhete de entrada.


Henrique Lopes, 11º F

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