Os Maias no teatro
Esta peça que apesar de obviamente
não ter atores para todas as personagens e ter sempre as limitações do teatro
na forma de contar uma história foi bem realizada e, na minha opinião, fez jus
ao nome do livro que estava a ser representado.
As
personagens foram, em geral, bem concebidas, como o exemplo de Ega e Dâmaso. No
caso de Dâmaso, acho que foi a primeira vez que o simples facto desta
personagem estar em cena não me fez querer passar à frente. Por outro lado,
Ega, apesar de ser muito bem representado, acho que a personagem é fácil, pois
a mesma é bastante cativante na obra.
Falando do
outro lado, Maria Eduarda foi, a meu ver, a pior personagem, para além de ser
muito silenciosa, a atriz mostrava muita pouca emoção e expressões nas suas
falas… parecia débil…
A música
presente neste teatro era variada e bem aplicada, desde Clair de lune para momentos mais melancólicos
ou trágicos, até à sonata patética que é referida no sarau da Trindade.
Na falta de
uma personagem, os dois atores principais olhavam para o público e mostravam-se
como se estivessem a falar com alguém, apesar de não ser o mais fidedigno ao
livro, esta interactividade teve a sua graça e deu um toque especial à
representação.
Por último, queria salientar a
incrível capacidade de improvisação da equipa. Esta habilidade foi mais notável,
quando na peça o ator que encarnava Dâmaso deixou cair uma caneta e,
conjuntamente com Ega disfarçou com comicidade esse facto.
Para concluir,
quero dizer que gostei da peça e acho que vale todos os cêntimos do bilhete de
entrada.
Henrique Lopes, 11º F
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